sexta-feira, 23 de setembro de 2011

SAÚDE NO BRASIL: ELA AINDA TEM SOLUÇÃO!

É comum nos últimos tempos, a veiculação de inúmeras notícias sobre a situação caótica em que se encontra o sistema de saúde do país.

Pessoas morrendo por falta de atendimento, carência leitos hospitalares, falta de profissionais para atuar na rede pública, suposta falta de recursos, erros médicos e de enfermagem. E, o pior de tudo a corrupção que consome os parcos recursos destinados à saúde.

Na verdade, este assunto nunca me disse muita coisa, pois minha família não é usuária do SUS, logo, aquilo que acontecia no Sistema Único de Saúde, não passava de simples notícias que me incomodavam no momento em que chegavam ao meu conhecimento. Mas, não demorava muito, o assunto caía no esquecimento.

Acontece que, recentemente, o SUS entrou em nossas vidas, minha sogra que não possui plano de saúde foi vítima de um AVC, e foi internada no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, tendo permanecido internada naquele nosocômio, por longos vinte e três dias, sendo que os últimos quatorze dias nos foi possível acompanhá-la na enfermaria.

Neste período nos foi possível presenciar uma das facetas do SUS, não verificamos falta de medicamentos, de alimentação ou qualquer insumo necessário ao tratamento daqueles que, ali estavam para restaurar a saúde. Contudo, nos foi possível observar muita precariedade nos cuidados com a higiene, no trato dos profissionais da saúde com os pacientes e um grande desperdício de alimentos e outros insumos.

Na verdade o que mais chamou a atenção foi a deficiência nas relações interpessoais, e as condições de higiene, observem as fotos a seguir:

No período referenciado, um episódio relativo aos cuidados dispensados a minha sogra, nos levou a efetuar uma reclamação na ouvidoria do hospital. Agora, presenciamos um sem número de episódios que nos revoltaram de tal maneira, que resolvi postar um email à superintendente do hospital, relatando os fatos por nós presenciados, a fim de que ela pudesse tomar providências, e melhorar o atendimento à população.

Observe o teor do email, no link abaixo:


A postagem do referido email foi motivada pelo exercício daquilo que chamo de “CIDADANIA INTELIGENTE”, tais fatos poderiam passar despercebidos ou, simplesmente, serem ignorados. Contudo, como Cidadão, fui compelido a passar aquela informação diretamente à administração do hospital, na esperança de que algo fosse feito, e tais fatos não voltassem a se repetir.

Fico feliz que meu objetivo foi alcançado, pois recebi um email da Superintendente do HSPM – Dra. Elizabete Michelete, dando conta de que o recebimento do email serviu para corrigir as falhas apontadas, e para o aprimoramento do serviço prestado à população.

Na verdade, não sei se a administradora, efetivamente, conseguirá dar uma solução às falhas apontadas. O mais importante é que ela, enquanto gestora pública se mostrou preocupada em solucionar o problema, e dar uma pronta resposta acerca daquilo que chegou ao seu conhecimento. Fato que, no meu entendimento a qualifica como uma boa gestora.

Observe a resposta da Dra. Elizabete, no link abaixo:


Foi possível observar naquele hospital que, apesar das deficiências encontradas, a ação humana é capaz de sobrepujar a maiorias dos problemas, a prova disso foi ver a ação de alguns profissionais que, quando estavam de serviço proporcionavam aos pacientes e seus acompanhantes um sentimento de satisfação e tranquilidade, devido a excelência do serviço que prestavam. Neste sentido podemos citar os seguintes profissionais:

Residente da Cirurgia Vascular – Dra. Marcela Corrêa

Fonoaudióloga – Ana Amélia

Enfermeira – Milena

Auxiliar de Enfermagem – Glafira

Auxiliar de Serviços Gerais – Vanessa de Souza

Tal fato, só fez reforçar o entendimento de que, o problema da saúde no Brasil é muito mais fruto de problemas de gestão e da humanização dos profissionais que ali labutam, do que falta de recursos para investimento.

A deflagração da crise no SUS fez com que a Presidente da República viesse a público, declarar a preocupação do governo com a situação, bem como dizer que há uma necessidade imperiosa de mais recursos, para investir na saúde.

Contudo, salvo melhor juízo, antes de injetar mais recursos no SUS é preciso moralizar, otimizar e racionalizar a gestão dos recursos financeiros e humanos existentes. Este processo passa pela ação dos governantes, dos gestores de hospitais, dos profissionais da saúde e dos clientes (a População), fiscalizando tudo o que acontece na saúde e denunciando os desvios de finalidade.

Para tanto, é fundamental que exerçamos uma CIDADANIA INTELIGENTE.
E aí! Vai encarar? Você está disposto a exercer uma CIDADANIA INTELIGENTE?




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