quarta-feira, 31 de agosto de 2011

VERGONHA: QUEM VOTOU CONTRA A CASSAÇÃO?

Honestidade, o conceito é absoluto, não admite variação. A pessoa é honesta ou não, meio honesto, mais ou menos honesto é conversa de desonesto.
Pode ser que esteja errado, mas é de se acreditar que ninguém escolheria uma pessoa como representante, se soubesse que essa pessoa não possui caráter. Então, é presumível que o caráter ilibado seja uma qualidade indispensável a um representante do povo.
Portanto, não é admissível que um político se envolva com qualquer tipo de irregularidade, seja ela antes ou durante o exercício do seu mandato.
Parece redundância, mas a função de representante político é representar os interesses do povo, é exercer o poder em seu nome de forma correta. Não é a vontade do povo que, ninguém se aproprie dos recursos destinados à realização das obrigações do Estado, utilizando-os em proveito próprio ou de terceiros. Tal ato configura um crime, não importando quem e quando o praticou.
A pessoa que age dessa forma merece ser presa, além, é claro de ser obrigada a devolver os recursos que se apropriou. Tal pessoa é indigna do exercício de qualquer cargo público, e se já estiver exercendo deve perdê-lo sumariamente.
Esse é o pensamento que reina na cabeça do povo, e é assim que seus representantes deveriam pensar, na verdade é assim que eles declaram pensar, quando estão em público, agora quando protegidos pelo manto obscuro do voto secreto, o resultado é aquele que ocorreu ontem na Câmara dos Deputados, uma senhora que foi flagrada recebendo dinheiro oriundo dos cofres públicos, ou obtido em função de prejuízos imputados aos cofres públicos, para aplicá-los em seu benefício é mantida no cargo, pelo instituto da autoproteção, é uma verdadeira infâmia.
Imagine qual seria o resultado, se os deputados tivessem que declarar os seus votos? Certamente, não seria aquilo que vimos. Os senhores lembram como foi a votação do impeachment do ex-presidente Collor, o resultado só foi desfavorável a ele, porque o voto foi aberto, se o voto fosse fechado talvez ele tivesse permanecido no governo.
No caso em tela, qual foi o voto do deputado no qual você votou? Você não sabe! Talvez imagine, mas nunca terá certeza. Se ele votou contra a cassação, ele não é digno do seu voto. Pior, no futuro, ele é quem poderá estar se apropriando dos recursos públicos, e se for pego, poderá sair impune também, devido à proteção conferida pelo voto secreto.
Só é possível julgar as pessoas por suas ações ou omissões, agora se você não toma conhecimento de tais ações e omissões, como formar um juízo de valor para manter um determinado candidato como seu representante.
É assim que eles querem que votemos, no escuro, conduzidos pelo marketing das campanhas eleitorais. Esse tipo de voto é extremamente prejudicial aos nossos interesses, mas muito benéfico aos maus políticos.
É preciso trazer luz à escuridão da política, e para começar a fazer isso, é preciso acabar com o voto secreto que favorece a corrupção e a impunidade.
Precisamos extirpar do setor público os políticos desprovidos de caráter, CHEGA DE IMPUNIDADE.

1 comentários:

Anônimo disse...

Caro amigo!
Infelizmente cheguei a conclusão de que nosso povo não escolhe ninguém! Eles (os membros eleitos para os legislativos) mesmos se elegem! Ai entra em jogo o poder econômico, o controle velado dos meios de comunicações e, também, a falta de acesso a educação. E mais, a certeza de impunidade para eles. Temos na verdade uma representação de interesses de grupos e corporações as quais se protegem e se beneficiam
da máquina pública. Estamos longe de uma democracia representativa e de um estado democrático de direito. Existe uma evidente exclusão social. Quando vamos perceber isso?
Entendo que o voto deve ser aberto para cassação, mas o problema maior está antes! Na escolha. Na falta de condições de escolher. Na dependência econômica e social do eleitorado.
São tantos os casos e vão continuar se repetindo.
Aqui no RJ as crianças eram aprovadas direto até a 5ª série.
Hoje, temos uma população de jovens que não sabem nem ler e nem escrever, quanto mais
interpretar artigo, leis, direitos!
Em suma, não existe investimentos em educação. Nos países desenvolvidos isto é feito, aqui não.
Que me perdôem os poucos nobres representantes os quais trabalham em prol do interesse público,
mas parece não existirem.

Um abraço
Luciano

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