Sobre as
manifestações que estão ocorrendo em alguns estados da federação, em protesto
pelo aumento das passagens dos meios de transporte, li um post no blog Luís
Nassif Online, acerca das manifestações recentes.
Devo confessar
que gostei muito do texto. Contudo, devo concordar, discordando da opinião do
articulista que diz o seguinte:
“O fundamental não é lutar pelo direito de fumar maconha
em paz na sala da sua casa. O fundamental não é o direito de andar vestida como
uma vadia sem ser agredida por machos boçais que acham que têm esse direito
porque você está "disponível"... O fundamental é que os políticos e
grandes partidos antigamente ditos "libertários" e "de
esquerda" hoje abriram mão de disputar ideologicamente os corações e
mentes dos jovens e dos novos "incluídos sociais" e se contentam em
garantir a fidelidade dos seus votos nas urnas, a cada dois anos... O fundamental é que nenhum grupo político no poder ou
fora dele tem hoje qualquer nível mínimo de interlocução com uma parte enorme
da molecada – seja nas universidades ou nas periferias – que não se conforma
com a falta de perspectivas minimamente interessantes dentro dessa sociedade
cada vez mais bundona, careta e medíocre... Enquanto isso a molecada, no seu
saudável inconformismo, vai para as ruas defender – FUNDAMENTALMENTE – o seu
direito de sonhar com um mundo diferente. Um mundo onde o ensino, os trens e os
ônibus sejam de qualidade e gratuitos para quem deles precisa. Onde os cidadãos
tenham autonomia de decidir sobre o que devem e o que não devem fumar ou beber.
Onde os índios possam nos mostrar que existem outros modos de vida possíveis
nesse planeta,... Esses moleques que tomam as ruas e dão a cara para bater
incomodam porque quebram vidros, depredam ônibus e paralisam o trânsito. Mas
incomodam muito mais porque nos obrigam a olhar para dentro das nossas próprias
vidas e, nessa hora, descobrimos que desaprendemos a sonhar”. http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/jovens-vao-as-ruas-e-nos-mostram-que-desaprendemos-a-sonhar
O que não é fundamental ou
o que fundamental está perfeito. Mas, um sonho que é construído na base da
depredação do patrimônio público e privado, na base da violência, com certeza
vai se convolar num pesadelo horrível.
Os atores e partícipes
desse estado de consciência coletiva que se insurge contra aquilo que desagrada a
todos, não podem se deixar manipular pelos oportunistas de plantão, que querem
tirar vantagem e ocupar o lugar da estrutura de poder que, atualmente, comanda o
país.
O momento é de organização,
se estamos insatisfeitos com maneira como as coisas estão sendo conduzidas, devemos
nos manifestar. Mas, essa manifestação tem, necessariamente, que ser pacífica
para adquirir credibilidade e legitimidade. Pois, se essa manifestação descamba
para violência, não contará com o apoio da sociedade.
Estamos vivendo num mundo
globalizado, das mídias sociais, onde é muito fácil disseminar uma idéia ou
ideal, onde as pessoas estão conectadas sem sequer saberem que estão
conectadas.
Devemos canalizar esta
insatisfação para mudarmos a cena política, a política que dita o destino da
nação, política que é conduzida na maioria das vezes por políticos que não respeitam
o povo, porque sabem que podem manipulá-lo de maneira a fazer com que votem
neles ou em seus prepostos, a fim de perpetuá-los no poder.
Agora, é o momento de nos
organizar, para que num futuro próximo possamos externar a nossa indignação nas
urnas, é claro que esta indignação não pode ser expressa com a eleição de
Jurunas, Tiriricas, Zés do Queijo etc. Temos que eleger políticos com idéias e
ideais que sejam favoráveis ao bem estar coletivo, e que tenham a mais absoluta
certeza de que se não forem éticos e honestos serão eliminados da cena
política, pelos legítimos detentores do poder, o Povo.
Sinceramente, acho um sonho
construído dessa maneira, não corremos o risco de acordarmos sobressaltos e
suados com um sonho que virou pesadelo.
Por isso, é que concordo,
discordando. A Cidadania Inteligente é a solução. Baderna e violência não
agrega, só prejudica.
E você, qual a sua opinião? Manifeste-se! Seja um cidadão.
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