sexta-feira, 8 de abril de 2011

DOR + TRISTEZA = LUTO

Este é o sentimento que tomou conta do país diante do ato insano de barbárie, que ocorreu no Rio de Janeiro.

Ao longo das últimas trinta e duas horas, tem se observado que, além de muita consternação as pessoas têm procurado uma resposta, a fim de tentar entender as causas daquela tragédia.

Muitas são as hipóteses, mas os verdadeiros motivos morreram com aquele que, verdadeiramente, poderia informá-los.

Educadores, jornalistas, policiais, psicólogos, psiquiatras forenses e pessoas do povo deram suas opiniões acerca do ocorrido, tudo com base nos indícios encontrados. De acordo com alguns relatos, a mãe do assassino sofria de esquizofrenia, sendo provável que ele também padecesse do mesmo problema.

Pessoas que interagiram com o assassino durante toda a sua vida foram unânimes em declarar que, ele era dono de um comportamento extremamente introvertido. Talvez, por isso, tivesse passado despercebido por todos, durante toda a sua curta vida.

Diante de tantas hipóteses, não posso me furtar de dar a minha opinião. O fato se deu no ambiente escolar, um ambiente no qual talvez o assassino tenha passado por traumas, que poderiam ter sido causados por bullyng, ou mesmo uma profunda indiferença em relação a sua pessoa, situações que podem tê-lo levado a idealizar aquela terrível vingança.

Uma coisa não pode ser desprezada, o motivo de sua ação está diretamente relacionado com o ambiente escolar. 

O fato é que, se durante a sua vida escolar o seu comportamento tivesse sido observado, com um olhar mais crítico, o seu problema poderia ter sido identificado e tratado, evitando assim o drama daquelas doze famílias, e outros tantos traumas físicos e psicológicos.

A Presidência da República, o Congresso Nacional, o Governo do Estado e do Município, externaram a sua consternação e a sua solidariedade, para com as famílias atingidas pela tragédia, a Câmara dos Deputados nomeou uma comissão para acompanhar as investigações.

Além desse comportamento preocupado e solidário das autoridades, a sociedade clama por ações mais efetivas, precisamos de mais segurança, não apenas nas ruas, mais também nas escolas, os profissionais de educação têm que ser mais bem preparados, além de estarem motivados. A fim de que possam identificar e intervir nos casos mais sutis de bullyng, como também em outras situações que indiquem a necessidade da atuação de profissionais de outras áreas, para se evitar, no futuro, sérios problemas como esse que vivemos agora. E, para isso, é fundamental a ação do Estado.
E aí, o que as senhoras e os senhores pretendem fazer?

2 comentários:

Roberto Medeiros (Beto Fera) disse...

Mano, o Fantástico leu seu post...
Parabéns!

Unknown disse...

Carissímo Jouber,
Muito sábia as suas palavras e concordo em número, gênero, grau e pessoal. Agora tem gente querendo se aproveitar do fato, para tentar rever a Lei do Desarmamento, dizendo que isso só aconteceu porque a lei não foi aprovada em plebiscito. Ora! o que tem uma coisa haver com a outra, ele teve acesso a arma porque pagou por ela e com grana, infelizmente se compra tudo, até juiz. Lindo quando vc falou "a sociedade clama por ações mais efetivas, precisamos de mais segurança, não apenas nas ruas, mais também nas escolas, os profissionais de educação têm que ser mais bem preparados, além de estarem motivados." Transformar as escolas em presídio?: revistas, detectores de metal, seguranças, escutas, camêras, etc.. "para se evitar, no futuro, sérios problemas como esse que vivemos agora." Que país é esse?
Forte abraço

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