sexta-feira, 1 de abril de 2011

PRECISAMOS DE REGRAS!!!

No final do ano passado, os membros do Congresso Nacional, conhecidos pela sua lentidão em votar as matérias de interesse do povo, numa sessão relâmpago promoveu o reajuste do salário do Presidente da República e seus Ministros de Estado em mais de 130%, aproveitando o ensejo, também reajustaram os próprios salários em 61,8%, fazendo a equiparação com o teto do funcionalismo, que é o salário do Ministro do Supremo Tribunal Federal, cujo valor atual é de R$ 26.723,13 (vinte e seis mil setecentos e vinte e três reais e treze centavos).
A alegação para um reajuste tão expressivo foi que, o último reajuste foi há quatro anos, só que no mesmo período o salário mínimo foi reajustado em 42,10%, que está acima da inflação do período.   
R$ 26.723,13 (vinte e seis mil setecentos e vinte e três reais e treze centavos), é um valor bastante significativo, é de se acreditar que a pessoa que tem um rendimento mensal deste porte, deve ter uma vida bem tranquila, sem nenhuma dificuldade financeira.
Existe uma padronização salarial, por assim dizer, no Legislativo e no Judiciário. Contudo, no Executivo existem alguns setores que se encontram defasados com relação as demais carreiras dentro daquele poder. Como por exemplo, as Forças Armadas que, têm uma remuneração bem abaixo da grande maioria dos demais integrantes do poder Executivo. Para não falar dos professores que, de uma maneira geral recebem uma verdadeira miséria.
Dentro do contesto Administração Direta, vamos incluir os três poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Embora, cada poder possua sua autonomia, os recursos que os abastece, têm a mesma origem, ou seja, os tributos arrecadados pela União.
Acontece que, está havendo uma falta de uniformidade no momento de reajustar esses subsídios/vencimentos. Observe que, agora que houve a equiparação entre o executivo, o legislativo e o judiciário, a AJUFE (Associação dos Juízes Federais do Brasil), entra em cena para pleitear um reajuste para os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e, consequentemente, para todo o judiciário.
Se há restrições orçamentárias para reajustar o salário mínimo, essas restrições têm que ser aplicadas para o reajuste de todo os servidores públicos, não importa que seja do executivo, do legislativo ou do judiciário.
Salvo melhor juízo, tem que haver uma regra, todos os setores dentro dos três poderes têm que receber salários equivalentes, de acordo com o Princípio da Isonomia, os reajustes têm que ser anuais, fazendo a reposição das perdas inflacionárias. E, aumento real deve ser consignado apenas ao salário mínimo. É claro que, se houver condições todos devem ter reajuste superior à inflação.
O que não é possível, é um grupo que possui uma remuneração bastante privilegiada, use da imprescindibilidade da atividade que exerce, para pressionar o governo a fim de receber mais e mais, só se preocupando com a sua categoria, em detrimento do restante da nação.
Que me desculpem essas pessoas, mas se consideram que estão ganhando pouco, os senhores estão livres para buscar uma remuneração maior na iniciativa privada, onde não há limite para os salários.
É tempo de deixarmos de visualizar apenas os nossos umbigos! E aí, vai embarcar nessa?

2 comentários:

Unknown disse...

Olá.
Post divulgado na Teia .
Até mais

Thai e Tom disse...

Ótima ideia a sua. Se querem ganhar mais, tentem isso em uma empresa privada.
O tema é tão absurdo que não é necessário pensar por cinco minutos para perceber o quão injusto e incerto é isso. Interessante também é pensar que essas pessoas recebem diversos benefícios e muitas, não satisfeitas, ainda roubam para benefício próprio.
Ótimo texto, parabéns!
Abraços
Thai

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